O Museu do Brincar não é para ver. É para brincar, interagir, mexer nos bonecos, para vestir as bonecas ou vestir-nos de índios, para imaginar, experimentar e divertir.
Esta é a grande particularidade deste Museu: pode-se brincar.

O acervo do Museu do Brincar é de 30 mil brinquedos e 1500 estão sempre em exposição. Estão organizados por diversas coleções, como por exemplo, aviões, bonecos, máscara, carros, som e imagem.

Os brinquedos estão por todo o lado nos dois pisos da casa. Nas paredes, no chão, em mesas, roupeiros. Enchem todo o espaço. É um mundo a brincar, de imaginação e faz de conta.
Todos os anos o museu escolhe um tema transversal para a brincadeira. Já foi “brincar sobre rodas” ou “brincando pelo Mundo” que reunia brinquedos de todos os continentes.

Para além do tema comum, ao percorrermos os vários corredores e pequenas salas, encontramos espaços temáticos.
Desenganem-se os que pensam que são apenas as crianças que se deleitam com a brincadeira. Conta Teresa Alhais, guia do Museu, que por vezes fica surpreendida com os mais idosos devido à relação afetiva com alguns brinquedos que lhes aviva a memória e por outro lado manifestam imenso prazer em brincar.

O prazer de brincar é a alma do Museu e é assumido através do lema “Brincar para sempre” porque o que se pretende é manter vivo o desejo de brincar, algo que é permanente na nossa vida e que contribui para a felicidade de cada um.
O Brincar para Sempre é também um contributo para a descoberta, o despertar da curiosidade e até para uma vida mais sadia. As crianças de hoje não têm apenas brinquedos diferentes elas também deixaram de brincar na rua ou no recreio das escolas.

É tendo em conta o lema do Museu e o desejo que todos possam brincar que há também um propósito pedagógico junto das crianças e dos pais. Por exemplo, o simples contacto com um brinquedo muito antigo, mesmo que seja uma réplica pode despertar na criança a percepção de que outras pessoas com a mesma idade também brincavam há centenas de anos, com o mesmo prazer e objetos que também revelavam criatividade.

Carlos Rocha é fundador do Museu mais a mulher e são os donos da coleção de brinquedos que foi cedida a uma associação. Carlos Rocha tem ainda a particularidade de ser o único Pai Natal certificado na Península Ibérica. Tirou um curso numa escola norte americana, incorpora não apenas os princípios de São Nicolau como também a barba branca, mas isso ficará para outra história.

O Museu do Brincar abriu as portas ao público em 2012 e está sediado num bonito palacete em Vagos. É privado e tem um protocolo com a Câmara Municipal.
Tem ganho vários prémios, designadamente como um dos melhores museus para a família.
Museu do Brincar em Vagos faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, Museu do Brincar em Vagos, pode ouvir aqui.
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