O rossio de Estremoz é o ponto de encontro da cidade e ao longo da sua história tem reunido militares, políticos e monges dos quatro conventos que rodeiam a maior praça de Portugal. Tem também a sua “obra de Santa Engrácia”. É a igrejas do Convento dos Congregados que levou 300 anos a construir.

Só o café Águias D’Ouro e as muralhas quebram o horizonte branco. A frontaria do café tem tons fortes de vermelho e a particularidade de todas as janelas e varandas terem uma forma diferente. Foi construído no inicio do séc. XX.

As muralhas são formadas por duas estruturas e estão classificadas como Monumento Nacional.
A mais antiga protege a cidadela e é do séc. XIII. A segunda tem uma extensão maior e foi construída no séc. XVII para proteger o casario que se implantou na parte mais baixa da encosta. Ainda hoje tem de se passar por uma das quatro portas da muralha onde se vê a largura da estrutura em pedra.

Após o sucesso na classificação dos “bonecos de Estremoz” como Património da Humanidade por parte da Unesco, há agora o mesmo propósito em relação às muralhas.

O principal ponto turístico de Estremoz é o castelo construído no séc. XII e tem sido sucessivamente sujeito a obras de reconstrução. Uma das mais relevantes foi no séc. XVII após a devastação provocada pela explosão de um paiol.

O que se vê hoje resulta em grande medida da reconstrução mandada executar por D. João V. Algumas partes da cidadela conservam ainda características medievais.

O que sobressai é a torre. Tem 27 metros de altura é em mármore e conserva ainda os traços de uma estrutura militar medieval. São poucos os elementos decorativos no exterior. Pode-se visitar e a entrada é pela pousada. A escadaria não é difícil. Alguns pisos foram adatados para outras funções e o mais interessante é subir ao terraço e às varandas.

A vista é enorme e de 360º. Ao perto temos uma percepção mais concreta de Estremoz. Ao longe, em dias com o céu limpo, a vista alcança a Serra da Estrela.

A torre é contígua com a pousada que foi o antigo paço real mandado construir por D. Dinis. Terá sido num dos quartos do paço que morreu a Rainha santa Isabel. Os aposentos foram depois transformados em capela e é hoje um dos lugares mais relevantes de Estremoz.

É considerada uma das capelas mais bonitas dessa época. Tem uma única nave e a história da Rainha é contada em painéis de azulejos e pinturas.
No largo em frente da torre há uma estátua de Santa Isabel e uma das ruas que dá acesso ao largo mudou de nome, deixou de ser a Rua da cadeia e passou a ser Rainha Santa Isabel.

A torre de mármore de Estremoz faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, A torre de mármore de Estremoz, pode ouvir aqui.
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