Os meandros do Zêzere constituem uma paisagem fantástica durante dezenas de quilómetros. Em particular entre a barragem do Cabril, em Pedrógão Grande e a aldeia de Álvaro, no concelho de Oleiros.
Do alto das serras chegamos a ver várias vezes o rio porque tem um percurso muito sinuoso. Ondula mais do que uma serpente. São curvas atrás de curvas e algumas delas com quilómetros de extensão.
Este espectáculo natural pode ser visto de alguns miradouros. Outra possibilidade é de pequenas aldeias que estão junto ao rio em encostas íngremes. É o caso de Álvaro, Amoreira Cimeira, Trinhão ou Gaspalha.

O verde vivo do rio sobressai em parte porque as serras foram devoradas pelo fogo no ano passado. A paisagem tradicional era de pinheiros e oliveiras. O verde está a regressar e a esperança é que os vales retomem a diversidade de fauna e flora.

Há várias formas de chegar a Álvaro pelos meandros do rio. Uma das mais recomendadas, é aproveitar a Grande Rota do Zêzere. Há várias estações intermodais e pode-se trocar de bicicleta por canoa sem ter de sair do percurso.

Em alguns lugares há passeios de barco nos meses de Verão. Quem se queira aventurar e navegar pelo rio não encontra grandes dificuldades conforme testemunha Manuel Antunes Freire, que conhece bem o rio. Ele afirma que devido à barragem as águas são calmas. Apenas no Verão surgem com alguma frequência barcos a motor.

O rio é excelente para a pesca do achigã e há inclusive provas a nível nacional. O achigã é muito utilizado na gastronomia local. Um dos pratos conhecidos é o peixe do rio frito.
Roteiro Renascer nos meandros do Zêzere faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
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