A descoberta desta arte foi no Museu de Rendas de Bilros de Peniche. Ver dúzias de bilros pendurados numa almofada com os fios que contornam alfinetes e seguem os desenhos em papel de cartão já causou alguma perplexidade perante a aparente complexidade da tarefa.
Mas, maior foi a admiração ao ver a senhora Natilde, (com N) a fazer a renda em movimento de mãos acelerado e a cruzar os fios com os bilros. Quando me disse a idade ainda fiquei mais espantado. Começou a aprender aos seis anos e agora tem 97.







Nesta semana faz três anos que foi inaugurado o Museu da Renda de Bilros de Peniche.
A senhora Natilde diz que há muita gente a aprender. Não para actividade profissional mas porque gostam. Algumas pessoas já estão reformadas. Há também quem tenha grande força de vontade como por exemplo uma senhora de Lisboa que se deslocava todos os dias a Peniche para aprender. “E aprendeu bem. O importante é saber evitar o erro porque tudo tem de ficar certinho”. A maioria das pessoas aprendem para depois oferecerem peças à família.

O Museu tem em exposição rendas antigas, os materiais e instrumentos que são utilizados e também conta a história da tradição das rendas em Peniche. Em alguns dias pode-se ver uma rendeira a trabalhar. Sem dúvida que é a melhor oportunidade para ver a arte e a perícia das rendeiras de Peniche.

A perícia de Natilde a fazer renda de bilros faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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