Tem o nome de viola beiroa porque os últimos registos e a sua revitalização têm lugar essencialmente nos concelhos de Castelo Branco e Idanha a Nova. Em Castelo Branco há a Orquestra da Viola Beiroa e Idanha tem uma oficina de música tradicional que pertence à Filarmónica Idanhense onde se ensina a tocar e a construir. Estão igualmente em exposição vários exemplares da viola Beiroa.

João Abrantes é diretor artístico da Filarmónica Idanhense e coordenador da oficina e refere que a viola Beiroa tem apenas algumas semelhanças com a viola Campaniça.
Ambas têm o mesmo formato em “8” muito vincado. “faz-nos lembrar curvas perfeitas. Tem 12 cordas. 10 mais duas suplementares e que são de afinação fixa”.





Novos instrumentos
Não só há mais executantes como também novos instrumentos musicais que António Conceição concebeu.

Na sequência do aperfeiçoamento que realizou na viola Beiroa, António Conceição criou dois novos instrumentos musicais que não havia nesta zona e inspirados na viola “com curvas perfeitas”. “Um cavaquinho e um bandolim. Ao cavaquinho chamei Beiroinha e ao bandolim chamei Beirolim.
Têm afinações iguais ao cavaquinho e ao bandolim mas a sonoridade é completamente diferente. Segundo pessoas que já experimentaram os dois instrumentos dizem que a sonoridade é melhor do que os instrumentos tradicionais”.
António Conceição também dá preferência às madeiras da região, com uma única exceção: o abeto alemão para o tampo. “Dizem os especialistas que é o mais adequado para os instrumentos de corda devido às propriedades de acústica e sonoridade”. No resto procuram madeiras da região como nogueira, mogno, ébano, carvalho e azinho. Em média, uma viola Beiroa demora quase duas semanas a produzir.
Viola beiroa e das curvas perfeitas faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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