Hoje a Feira da Ladra de Lisboa é um “must see” para os turistas. Nos últimos anos mudou muito o ambiente, a área envolvente e o perfil de vendedores. Mas mantém-se o nome.
Os londrinos têm uma feira igual e chamam-na de Portobello. Nós designamos a de Lisboa como Feira da Ladra, o que, obviamente, pra alguns origina desconfiança.
É por isso que podemos encontrar de tudo, fazer todas as perguntas sobre a qualidade e a autenticidade mas ninguém se atreve a questionar a proveniência.
Convém não ter pressa. Descobrir a história dos objetos e procurar com atenção, apesar de muitos vendedores já saberem o que a maioria dos visitantes prefere.




José Gonçalves diz que o que vende mais são medalhas, ferramentas e livros antigos.



Nos caminhos descobrimos ainda murais, o Convento e a Igreja de S. Vicente de Fora que seguram o enorme arco, uma das mais bonitas entradas da Feira da Ladra, o início do deslumbramento de muitos turistas em relação a algumas antiguidades. “Principalmente canadianos e norte-americanos que aquilo lá é tudo moderno. Dizem que é das melhores feiras que têm visto. Esta e a de Portobello.
José Gonçalves chega às 6 da manhã e diz que é até à hora de almoço a melhor altura para o negócio. Mas costuma ficar até por volta das sete da tarde e um dos motivos é o contacto com as pessoas.
É uma das facetas mais positivas destes 20 anos de experiência. “Falamos com gente de todo o Mundo. Quem tenha facilidade em falar inglês – eu arranho um pouco porque vivi muitos anos na África do Sul – tem ainda mais essa experiência. Vamos ouvindo elogios ao nosso país, ao contrário do que nós próprios dizemos.”
A origem da Feira da Ladra é do século XIII mas percorre vários lugares da cidade e está ao lado da obra de Santa Engrácia desde 1903.

“Must see” Feira da Ladra faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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