O Moinho de Maré do Cais está numa situação privilegiada no Montijo.

Há algumas décadas atrás os cereais vinham em sacos transportados por burros. Nem sequer havia espaço para passar uma carroça. Agora não, há um caminho largo pedestre que nos leva a contemplar a bonita e serena frente ribeirinha do Montijo e o Moinho de Maré do Cais.

O edifício, de um só piso, está como que numa língua de terra. Na parte de trás vemos um lago.

É a caldeira onde se armazenava a água da maré cheia. Na parte da frente, na base da construção, vemos seis arcos que canalizavam a água para o rio na maré vazia.

A força hídrica fazia mover os cinco rodízios.
A engrenagem foi reconstruída pelo município do Montijo em 2006 e está pronta a funcionar.
Jorge Couves e a mulher foram pescadores e recordam-se do moleiro e da rotina do moinho. Do transporte dos cereiais ser feito por burros. Assistiram ao declínio. “Com o passar do tempo e com novas tecnologias a farinha começou a ser feita noutros locais e o moinho ficou ao abandono.

Alguns pescadores colocavam lá as redes e outros materiais de pesca.
O moinho deixou de funcionar em 1962 e após ser recuperado pela Câmara do Montijo pode ser visitado.

No interior vemos as quatro mós, a forma como a força da água fazia movimentar os rodízios.

A origem do moinho da Aldeia Galega ou do Montijo tem data incerta. O primeiro registo é do século XVII e terá sido obra dos templários conforme prova a cruz da Ordem de Santiago que está inscrita junto à porta de entrada.Moinho de Maré do Cais no Montijo faz parte do programa da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e a emissão deste episódio pode ouvir aqui.
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