Khor Al Udeid em árabe quer dizer Mar dentro .

Não há uma estrada que permita o acesso direto a Khor Al Udeid.
A distância de Doha é de quase 80 km e não é aconselhável fazer sozinho a viagem.
É muito elevado o risco de qualquer turista se perder.
O melhor é com um guia.
As agências têm tours de um dia e de meio dia.
Para se fazer praia, o melhor é um dia. Não foi o nosso caso. Optámos por meio dia, cerca de quatro horas e a paragem numa das praias foi ao final da tarde. Deu apenas para molhar os pés e relaxar.

Um dos percursos a partir de Doha é em direcção a Mazrat Turaina. Depois entra-se no deserto.
Foi este o caminho que fizemos. Num jipe e o condutor servia de guia.
À saída de Doha muita construção civil. Tudo plano e as gruas marcam o céu.
Pouco depois, só areia. Desaparecem as habitações e as pessoas.
Seguimos por uma estrada com pouco movimento.
Só alguns quilómetros depois encontrámos uma vila, com habitações de um e dois andares. Os arranha-céus são um exclusivo da capital.
O ambiente é mais pobre e, devido ao calor intenso, são poucas as pessoas na rua.
O guia faz um desvio para o deserto. Um ou outro jipe ao longe. Nada mais. Só dunas de areia, algumas delas com dezenas de metros de altura e vestígios dos rodados dos jipes. Como seguem o mesmo caminho, por vezes, as marcas dos jipes sobrepõem-se e criam uma estrada de terra batida.

Quando se chega a Khor Al Udeid o ambiente é completamente diferente.
Devido à baixa altura do deserto, em relação ao mar, forma-se uma longa extensão de água dentro do deserto.
O vento encarrega-se de criar lagoas.
As dunas são muito altas, chegam a ter 40 metros de altura, e ao final do dia ficam com cores douradas.
Em alguns locais parecem escarpas.
A água é muito verde.

As aves dominam o território.
É um lugar muito calmo, apesar de ser uma das principais atrações turísticas da península.
Ouve-se o vento. Nada mais, nem as aves lá ao fundo.
O malefício do turismo é a poluição. Encontram-se muitos sacos de plástico e garrafas de água.

De seguida andámos mais alguns minutos de jipe e fomos a uma praia.
Tinha uma pequena estrutura de apoio e o areal era de areia fina.
Quando chegámos, a praia estava deserta.
Minutos depois tivemos a companhia de mais alguns turistas.
Era final da tarde e só deu para relaxar, dar um passeio, molhar os pés e beber sumos.
O regresso foi ao entardecer. Ainda deu para ver um parapente.
O caminho foi por Mesaieed.
Uma zona industrial e terminal petrolífero que fica perto do mar e tem um porto.
Com as oito torres do porto todas iluminadas.
O guia ainda parou, próximo de uma oficina, para alterar a pressão dos pneus e observámos a estrada, muito frequentada por camiões.
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