Quando os mais novos convidam os pais a visitarem o Centro de Ciência Viva de Constância metade da aposta já está ganha. É a astronomia que os fascina.
O Nuno Milagaia foi o meu guia, é coordenador pedagógico e devo confessar que eu próprio também fiquei fascinado com a visita ao Centro de Ciência Viva de Constância e Parque Astronómico.
É difícil dizer o que mais gostei.

É verdadeiramente deslumbrante descobrir objectos no céu profundo e ver astros em várias perspetivas e a partir de imagens do telescópio espacial Hubble.
É como se estivesse no cockpit de uma nave espacial. Fascinante.

Os módulos do parque exterior são interessantes devido aos conhecimentos facultados através do movimento de objectos que nos permitem entender melhor o nosso sistema solar e a pequenez do planeta Terra.

Percebemos melhor o movimento de alguns planetas e porque a Estrela Polar é uma referencia para nossa orientação. O nosso corpo a fazer de relógio solar e até como se confecciona uma refeição muito rapidamente com um fogão a energia solar.

Uma outra experiência é andar num giroscópio humano, um equipamento concebido pela Nasa para treinar pilotos numa situação de descontrolo da nave. Andar é uma forma de expressão. É um corrupio giratório.

Diz o Nuno Milagaia que os mais novos estão sempre receptivos para esta experiência. Talvez alguns alimentem a expectativa de um dia virem a ser astronautas. No mesmo local ficam a saber que têm de ter uma boa capacidade física e de recuperação porque, por exemplo, na primeira semana no espaço o coração perde um quarto do seu tamanho.
O Centro tem ainda um observatório solar. Através de vários equipamentos conseguimos avaliar o comportamento da estrela e descobrir a sua impressão digital através do espectro da imagem e de elementos químicos.

O Centro está no alto de uma serra, próximo de Constância e está aberto ao público de terça a domingo e aos Sábados há visitas noturnas para ver o sistema solar através dos cinco telescópios
Máximo Ferreira, coordenador cientifico do Centro e com uma longa experiência como investigador e divulgador da ciência diz que em Constância há uma adesão muito positiva, apesar dos problemas resultantes da interioridade. O balanço que faz dos 13 anos do Centro é muito positivo porque está a ser cumprido o principal objectivo que é o de divulgar a ciência e aqui através da astronomia.
Têm tido uma resposta muito positiva dos professores e, por outro lado, alguns dos cientistas portugueses despertaram para a ciência neste tipo de açoes como por exemplo, a Astrofesta, que vai comemorar em Constância os 25 anos.
Viva a Ciência em Constância! faz parte do podcast semanal da Antena1, Vou Ali e Já Venho, e pode ouvir aqui.
A emissão deste episódio, Viva a Ciência em Constância!, pode ouvir aqui