O adufe tem uma sonoridade singular e em conjunto com o seu aspeto rustico ganhou uma identidade muito própria.
É um instrumento musical muito associado à música tradicional das regiões de fronteira desde que há o seu registo em Portugal e que já ultrapassa um milénio.
Onde o adufe está mais enraizado é no concelho de Idanha a Nova com as adufeiras.

No entanto, na sua forma tradicional, corre o risco de desaparecer. José Relvas pode ser o último construtor de adufes seguindo as práticas tradicionais.
João Abrantes diretor artístico da Filarmónica Idanhense e estudioso da musica tradicional portuguesa e diz “não ser conhecido outro construtor nesta zona a fazer o mesmo e não tem comparação a qualidade destes adufes tradicionais com os restantes”.

O adufe tradicional, que João Abrantes chama “adufe cru” era de pele de cabra, esticado e cosido à mão e com um guizo no interior. Não eram as caricas como se usa hoje. A sonoridade é muito diferente. O modo de produção alterou-se porque já não há construtores mas mantém-se a procura pelos adufes.
A opinião de João Abrantes é partilhada por outros especialistas que vão à oficina de José Relvas em Idanha à procura dos adufes genuínos.
Há quem faça adufes com pele de ovelha mas José Relvas constrói exclusivamente em pele de cabra e de acordo com os métodos tradicionais.






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